A comitiva da CDU começou o dia por visitar a freguesia de Assentis, tendo chegado cerca das 10.30 da manhã ao largo de Fungalvaz, tendo sido recebidos por activistas locais da Coligação. 
Logo ali, no largo foi possível detectar problemas ao nível da sinalética, que se encontra bastante degradada.

Também em Fungalvaz o abrigo da Rodoviária está degradado e as populações reclamam a colocação de um banco junto ao posto médico. O Vidrão precisa de limpezas mais frequentes, escutou-se também. 
As estradas encontram-se em mau estado encontrando-se por alcatroar algumas dessas vias bastante utilizadas. Destacam- se as seguintes estradas a necessitar de intervenção urgente:
- Estrada Fungalvaz-Beselga : um troço com cerca de 2,5 kms e que é uma aspiração das pulações há mais de 20 anos.
- Estrada Assentis – Besega

- Estrada de Vales de Cima e ligação a Vales de Baixo
- Estrada Fungalvaz até Alburitel ( já no concelho de Ourém).

A CDU visitou a “ Fórnia”, um local com uma riqueza natural e arqueológica invulgar, situado no vale da Ribeira da Beselga e que é uma das maiores riquezas do concelho de Torres Novas, ainda mal conhecida. A este propósito relevou-se a necessidade de serem identificados e indicados com sinalização os locais mais interessantes da freguesia.

Quase a terminar a manhã, a CDU foi confrontada com um problema que existe em dias de chuva na Estação Ferroviária de Fungalvaz. Nesta estação existe um túnel rodoviário que atravessa a linha do comboio. No entanto, face ao declive deste, as caixas de escoamento de águas pluviais colocadas são manifestamente insuficientes e quando chove, há inundações consideráveis no túnel que condicionam a circulação automóvel, chegando ao extremo de interrompê-la.


Na freguesia de Assentis, em Casais de Igreja detectou-se uma forte necessidade de se proceder ao arranjo urbanístico do largo junto à estrada principal, recuperando e dando vida aos equipamentos existentes, nomeadamente o ringue e um palco cuja estrutura se encontra abandonada.


A manhã terminaria em Fungalvaz, com um agradável almoço, que decorreu na sala cheia de um restaurante local e que juntou os activistas da CDU.

Chancelaria
A visita à freguesia de Chancelaria, iniciou-se na aldeia de Mata onde os activistas da CDU procuraram junto das populações identificar as necessidades da freguesia.
Em Mata, apenas a rua principal se encontra arranjada, estando todas as outras num estado lastimável.

As populações questionaram directamente a CDU pelo facto da Câmara investir tudo na Cidade e deixar as aldeias ao abandono. Alguns habitantes referiram a necessidade do TUT se estender a sua linha, pois tal permitiria uma maior flexibilidade de horários.

Constatou-se que o parque infantil de Mata, não está devidamente vedado e limpo e, nele convivem crianças e animais, numa situação de saúde pública a merecer outro cuidado.

Toda a aldeia merecia um outro arranjo urbanístico, e uma outra atenção. Os próprios placards informativos da junta, situados junto à capela, estaõ degradados!

Pela hora do lanche sucedeu um dos momentos mais pitorescos do dia, já que uma comissão de senhoras, surgiu a vender os tradicionais bolos de cabeça, numa iniciativa para financiar as obras efectuadas na capela.
Toda a comitiva, apoiou o gesto, apreciou o lanche e, claro, visitou-se a capela, tendo-se apreciado a qualidade do restauro efectuado. 
Após passagem por Rendufas a CDU visitou ainda a aldeia de Pafarrão – conhecida pelas suas laranjas.
Verificou-se que o painel informativo da Junta se encontrava abandonado, com um edital afixado datado do ano de …1996!

As estradas em mau estado foram novamente focadas pela população, que relembrou o péssimo estado no Cabeço de Santa Eufémia, a inexistência de sinalética, e o facto de a estrada nacional 357, que vem de Ourém, só ter marcação até à entrada do concelho de Torres Novas! A iluminação pública muito deficiente foi também apontada.
O dia terminaria simbolicamente, em Chancelaria, no largo da Junta, onde foi feito o resumo do dia, tendo-se concluído que, de uma maneira geral os grandes e maiores problemas detectados nas I jornadas autárquicas continuam por resolver











De seguida a comitiva visitou a sede da Banda Filarmónica de Àrgea onde teve possibilidade de verificar a azáfama no local onde decorriam no momento obras de instalação de um tecto falso. No local o presidente da direcção da colectividade falou dos projectos que passam pela realização de avultadas obras de melhoria da sede designadamente no que diz respeito ao piso, à instalação de um tecto falso e à aquisição de diversos equipamentos para uso do bar. As obras importam em largos milhares de euros para as quais a colectividade não teve qualquer apoio da Câmara, lamentou-se Carlos Courinha o responsável da associação. Além disso, para realizar um simples baile a colectividade foi obrigada a pagar taxas de valor substancial para legalizar a iniciativa. Na sua opinião, não faz sentido que uma colectividade organize iniciativas para angariar alguns fundos e depois tenha que os gastar em taxas municipais. Com base neste exemplo, justifica-se haver um regime de excepção ou de isenção de taxas para as colectividades.
Na Lamarosa a comitiva visitou a Casa do Povo e o espaço envolvente, com as obras do pavilhão desportivo paradas há vários anos por falta de verba. A este respeito foi preponderante a opinião de que a Câmara devia elaborar um plano de intervenção para um ou mesmo dois mandatos no qual pudesse equacionar o apoio e resolução destas situações que existem um pouco por todo o concelho, adequando os projectos às necessidade e possibilidade de cada freguesia.
A falta de um lar de idosos ou centro de dia na freguesia foi um aspecto realçado pelos habitantes contactados, sendo que a actual escola, que será desactivada com a futura construção do centro escolar, poderia ser aproveitada para essa finalidade.
Verificou-se também que os parques infantis em toda a freguesia são bastante antiquados e não cumprem as normas de segurança e nas traseiras do posto médico existe um terreno de razoáveis dimensões onde poderia ser instalado um ringue ou um espaço desportivo polivalente.
Ainda na Lamarosa a CDU visitou a estação dos caminhos de ferro que se encontra encerrada e completamente desaproveitada tendo sido beneficiada com obras em 2005 com financiamento em 80% de fundos comunitários. Os moradores da freguesia manifestaram o seu desagrado pelo facto do edifício beneficiado recentemente com dinheiros públicos se encontrar encerrado e sem qualquer préstimo.
De volta a Àrgea a comitiva visitou o lagar de azeite da Cooperativa Agrícola, sem actividade há meia dúzia de anos, mas com condições para poder ser transformado em Museu do Azeite e da Olaria, sendo esta uma perspectiva defendida pelos actuais directores da cooperativa que não vêem na actividade ligada à produção de azeite qualquer viabilidade futura. 






A escola do Almonda, no Bairro José Dias Simão, já desactivada e na qual está prevista a instalação da residência do escritor António Lobo Antunes foi também visitada. No local, os presentes abordaram as notícias vindas a público de que o afamado escritor iria deixar de escrever e que pretendia criar uma fundação em Lisboa. E em função dessas notícias, questionaram o interesse na manutenção da decisão camarária. 


