terça-feira, 17 de março de 2009

14 de Março 2009: resumo do dia

Comitiva da CDU visitou freguesias
de Lapas e Zibreira
Tal como estava programado, as IV Jornadas Autárquicas da CDU iniciaram-se pela visita à freguesia de Lapas. Às 10 horas da manhã do passado sábado, a comitiva da CDU, composta pelo vereador Carlos Tomé, pelos membros da Assembleia Municipal Ramiro Silva, António Canais e Hélder Moita e por vários activistas, assentou arraiais junto ao rio Almonda, à qual se juntou Manuel Ramos eleito na Assembleia de Freguesia de Lapas e outros activistas locais.
Daí a comitiva dirigiu-se para o Bairro da Cabrita (também conhecido pelo Bairro da Fábrica) onde contactou com alguns moradores do local, onde vivem com cerca de 180 pessoas. Os moradores foram unânimes nas críticas à actual Junta de Freguesia acusando estes autarcas e especialmente o seu presidente de nada ter feito naquele bairro. Houve até quem dissesse que o actual Presidente da Junta nunca lá entrou nestes últimos quatro anos. A falta de limpeza e os problemas de esgotos e de escoamento das águas pluviais foram alguns dos assuntos críticos apontados pelos moradores. No local foi mesmo possível ouvir um popular a queixar-se de que a máquina da limpeza nunca entra no bairro, pelo que os moradores são obrigados a fazerem limpeza às ruas e espaços públicos. O estado lastimoso em que se encontra o campo de futebol da Cabrita, que não é utilizado, bem como os respectivos balneários que não têm o mínimo de condições, foi outro dos aspectos observados pela comitiva.


Dali a comitiva deslocou-se ao cemitério onde foi possível observar o seu estado de completo abandono. Este aspecto foi perfeitamente visível logo à entrada pois o portão e muro apresentam um aspecto bastante degradado e pouco digno, agravado pelo facto de ter ruído uma parte do muro, o que permite a devassa do cemitério. Outro problema detectado no local foi a clara falta de espaço no cemitério o que torna prioritária a necessidade da sua ampliação.


Dali, a comitiva seguiu para os Pimentéis onde teve ocasião de apreciar mais uma vez o local onde deverá ser implantada a ponte com o mesmo nome. Esta obra está prevista desde que, há cerca de 10 anos, ruiu a antiga ponte. Desde essa altura que houve por parte da Câmara sucessivas promessas de construção, mas a obra ainda não avançou. Foi possível observar o local aprazível que sempre foi de uso público e que está impedido de ser usufruído pala população de Lapas desde há uma década.
A Silvã foi o local seguinte a merecer a atenção da comitiva que visitou o campo de ténis e o campo de treinos ali ao lado. Nestes locais foi possível verificar que o campo de ténis está fechado, sendo impedida a sua pelos cerca de 200 praticantes da modalidade, tendo sido estes obrigados a passar a utilizar as infraestruturas de localidades vizinhas como o Entroncamento e Abrantes com prejuízo para a modalidade e para o desporto torrejano. Quanto ao campo de treinos foram visíveis as carências do espaço mas também as potencialidades do espaço envolvente para a prática desportiva vocacionada para a formação.
A chamada Via do Cabelo do Rato ou Via Panorâmica também foi alvo da atenção da comitiva dos activistas da CDU. Com efeito, trata-se de uma estrada que se encontra em terra batida e que merecia ser pavimentada e complementada com a ligação à estrada do Alvorão. Deste modo, esta via iria funcionar como meio de desviar o tráfego do centro de Lapas e também do centro da cidade.
A visita à freguesia concluiu-se no centro histórico onde foi possível verificar a vida que ali existe. Os cafés, lojas, minimercados, tabernas e diversos estabelecimentos comerciais são utilizados pela população que habita no centro histórico e faz ali a sua vida normal de todos os dias. A visita terminou com um almoço na Conquilha onde às características únicas do espaço se juntou uma apetitosa sopa da pedra.


Da parte da tarde a comitiva deslocou-se à freguesia de Zibreira onde foi recebida pelos membros da CDU eleitos na Assembleia de Freguesia e por outros activistas locais. A nascente do rio Almonda foi o local escolhido para iniciar a visita e onde a comitiva teve ocasião de confirmar que tudo continua precisamente na mesma situação em que foi encontrado nas anteriores Jornadas. Isto é, não houve qualquer investimento, por mínimo que fosse, no valioso património arqueológico que as três grutas guardam e que merecia ser explorado convenientemente. De registar que a própria placa que identifica a importância da Gruta do Almonda e a sua classificação como imóvel de interesse público continua desprezada no chão, tal como há dois anos.

A escola do Almonda, no Bairro José Dias Simão, já desactivada e na qual está prevista a instalação da residência do escritor António Lobo Antunes foi também visitada. No local, os presentes abordaram as notícias vindas a público de que o afamado escritor iria deixar de escrever e que pretendia criar uma fundação em Lisboa. E em função dessas notícias, questionaram o interesse na manutenção da decisão camarária.
A finalizar a visita à freguesia a comitiva observou o local onde estão instaladas algumas empresas e questionou o facto de nunca ter havido qualquer projecto intermunicipal de desenvolvimento do local entre as câmaras de Torres Novas e de Alcanena.


O dia de visitas terminou às 17 horas.
No próximo sábado as Jornadas contemplam a visita às freguesias de Paço e Olaia.