de Lapas e Zibreira
Dali a comitiva deslocou-se ao cemitério onde foi possível observar o seu estado de completo abandono. Este aspecto foi perfeitamente visível logo à entrada pois o portão e muro apresentam um aspecto bastante degradado e pouco digno, agravado pelo facto de ter ruído uma parte do muro, o que permite a devassa do cemitério. Outro problema detectado no local foi a clara falta de espaço no cemitério o que torna prioritária a necessidade da sua ampliação.
Dali, a comitiva seguiu para os Pimentéis onde teve ocasião de apreciar mais uma vez o local onde deverá ser implantada a ponte com o mesmo nome. Esta obra está prevista desde que, há cerca de 10 anos, ruiu a antiga ponte. Desde essa altura que houve por parte da Câmara sucessivas promessas de construção, mas a obra ainda não avançou. Foi possível observar o local aprazível que sempre foi de uso público e que está impedido de ser usufruído pala população de Lapas desde há uma década.
A Silvã foi o local seguinte a merecer a atenção da comitiva que visitou o campo de ténis e o campo de treinos ali ao lado. Nestes locais foi possível verificar que o campo de ténis está fechado, sendo impedida a sua pelos cerca de 200 praticantes da modalidade, tendo sido estes obrigados a passar a utilizar as infraestruturas de localidades vizinhas como o Entroncamento e Abrantes com prejuízo para a modalidade e para o desporto torrejano. Quanto ao campo de treinos foram visíveis as carências do espaço mas também as potencialidades do espaço envolvente para a prática desportiva vocacionada para a formação.
A chamada Via do Cabelo do Rato ou Via Panorâmica também foi alvo da atenção da comitiva dos activistas da CDU. Com efeito, trata-se de uma estrada que se encontra em terra batida e que merecia ser pavimentada e complementada com a ligação à estrada do Alvorão. Deste modo, esta via iria funcionar como meio de desviar o tráfego do centro de Lapas e também do centro da cidade.
A visita à freguesia concluiu-se no centro histórico onde foi possível verificar a vida que ali existe. Os cafés, lojas, minimercados, tabernas e diversos estabelecimentos comerciais são utilizados pela população que habita no centro histórico e faz ali a sua vida normal de todos os dias. A visita terminou com um almoço na Conquilha onde às características únicas do espaço se juntou uma apetitosa sopa da pedra.
Da parte da tarde a comitiva deslocou-se à freguesia de Zibreira onde foi recebida pelos membros da CDU eleitos na Assembleia de Freguesia e por outros activistas locais. A nascente do rio Almonda foi o local escolhido para iniciar a visita e onde a comitiva teve ocasião de confirmar que tudo continua precisamente na mesma situação em que foi encontrado nas anteriores Jornadas. Isto é, não houve qualquer investimento, por mínimo que fosse, no valioso património arqueológico que as três grutas guardam e que merecia ser explorado convenientemente. De registar que a própria placa que identifica a importância da Gruta do Almonda e a sua classificação como imóvel de interesse público continua desprezada no chão, tal como há dois anos.
A escola do Almonda, no Bairro José Dias Simão, já desactivada e na qual está prevista a instalação da residência do escritor António Lobo Antunes foi também visitada. No local, os presentes abordaram as notícias vindas a público de que o afamado escritor iria deixar de escrever e que pretendia criar uma fundação em Lisboa. E em função dessas notícias, questionaram o interesse na manutenção da decisão camarária.
A finalizar a visita à freguesia a comitiva observou o local onde estão instaladas algumas empresas e questionou o facto de nunca ter havido qualquer projecto intermunicipal de desenvolvimento do local entre as câmaras de Torres Novas e de Alcanena.
O dia de visitas terminou às 17 horas.
No próximo sábado as Jornadas contemplam a visita às freguesias de Paço e Olaia.