quinta-feira, 28 de maio de 2009
à população de Torres Novas: e o ridiculo aconteceu!
O vereador da CDU na Câmara Municipal de Torres Novas apresentou na reunião de 26 de Maio a seguinte proposta sobre a taxa de águas residuais.
Nas facturas mensais da água a Câmara Municipal de Torres Novas cobra a todos os consumidores de água uma taxa de águas residuais.
A referida taxa destina-se a pagar a prestação do serviço relativo à rede de saneamento.
No entanto, a dita taxa é cobrada aos consumidores de água do concelho independentemente de disporem ou não de rede de drenagem de águas residuais, ou seja de rede completa de saneamento.
Com efeito, a Câmara Municipal de Torres Novas não pode cobrar a referida taxa de águas residuais, conhecida vulgarmente por taxa de saneamento, nos casos em que os munícipes não beneficiam da respectiva rede de saneamento.
Deste modo, é da mais elementar justiça que a Câmara deixe de cobrar a referida taxa a todos os munícipes que não beneficiam da rede de saneamento e que reembolse os mesmos nos valores já pagos a esse título.
Assim, proponho:
- Que a Câmara Municipal de Torres Novas proceda ao levantamento de todos os casos de munícipes que não dispõem de rede de saneamento e que pagam taxa de águas residuais;
- Que a Câmara deixe de cobrar a taxa em causa a tais munícipes;
- Que a Câmara reembolse os munícipes que se encontram nessa situação nos valores correspondentes aos pagamentos efectuados acrescidos dos juros legais.
E o ridiculo aconteceu....
A proposta foi chumbada com a seguinte votação: contra Presidente António Rodrigues e vereadores Pedro Ferreira, Manuela Pinheiro e Mário Mota todos do PS. A favor Carlos Tomé (CDU). Não estavam presentes o vereador Lobo Antunes (PS) e Nuno Santos (ex PSD).
As razões apresentadas pelo Presidente para votarem contra a proposta prenderam-se com o facto de, segundo eles, não haver casos em que munícipes sem saneamento paguem a referida taxa.
No entanto, esta argumentação caíu pela base, pelo simples facto de na reunião anterior a Câmara ter deliberado a devolução de taxas pagas a um munícipe de Alqueidão, precisamente por não ter saneamento. Pelos vistos já ninguém se lembrava disso. E há muitos outros munícipes de Alqueidão e de outras zonas do concelho que não têm saneamento e pagam a taxa.
Portanto, em face deste panorama a Câmara não pode estar à espera que os munícipes prejudicados tomem consciência disso e tomem a iniciativa de reclamar junto da Câmara. Deve ser a Câmara a fazer o levantamento de todos os casos de munícipes sem saneamento e que mesmo assim são obrigados a pagar a taxa.
Para agravar a situação o próprio Presidente disse que ele próprio não tinha saneamento (porque tem fossa séptica) e por isso não pagava a taxa.
Mas para confirmar a sua situação pediu à secretária para ir buscar a sua factura da água. Quando esta chegou o Presidente concluiu estupefacto que também pagava a taxa e não devia pagar. Mas mesmo perante esta evidência, votou contra a proposta!!
Comentários para quê ?
A Comissão Coordenadora da CDU
Torres Novas, 28 Maio 2009
Amanhã com Pedro Guerreiro: Deputado Europeu e Candidato da CDU visita distrito de Santarém
terça-feira, 26 de maio de 2009
segunda-feira, 25 de maio de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
Marcha CDU: mais de 85 000 nas ruas de Lisboa (23 maio 2009)
sexta-feira, 22 de maio de 2009
IV JORNADAS AUTÁRQUICAS CDU TORRES NOVAS: Conclusões
Foram visitadas as 17 freguesias do concelho de Torres Novas, num total de mais de 40 povoações, avaliados no local os principais problemas de cada freguesia, contactadas instituições e colectividades, autarcas e população em geral, discutidos alguns dos assuntos mais relevantes para a desejável melhoria da qualidade de vida da população do nosso concelho.
Podemos, no final destas Jornadas, concluir o seguinte:
Actualmente, o concelho de Torres Novas caracteriza-se pelo seu carácter deficitário no plano da qualidade de vida da sua população.
Este défice assenta em 5 áreas vitais, que foi possível constatar nas jornadas e que se podem resumir no seguinte:
a) Défice socio-económico: verifica-se o abandono da agricultura e actividades associadas. O sector secundário é praticamente inexistente e o sector terciário tem um excessivo peso económico no concelho com especial destaque para as grandes superfícies comerciais.
b) Défice ambiental: a falta de saneamento básico é um problema recorrente, de fundamental importância e que urge resolver. A poluição agrava-se em diversos troços de água com evidentes problemas de saúde pública para as populações. O rio Almonda não é objecto da atenção que merece.
c) Défice cultural e desportivo: verifica-se um abandono do investimento da Câmara Municipal na cultura nas freguesias rurais, agravado com atrasos no pagamento dos subsídios às colectividades e falta de apoio na realização de actividades. Há necessidade de inventariação dos equipamentos e intervenção do município no aproveitamento dos mesmos e de descentralização das actividades do Teatro Virgínia.
d) Défice patrimonial: a grande maioria dos edifícios escolares estão vagos, desaproveitados e sem projectos de futuro. Há cemitérios mal cuidados, jardins abandonados, parques infantis desprezados, património diverso em degradação, o centro histórico de Torres Novas está abandonado e em degradação cada vez mais acelerada.
e) Défice de participação: A Câmara não respeita o espaço rural, não contacta com a população, não há reuniões de Câmara descentralizadas, nem fóruns de discussão. A Câmara não incentiva nem sequer permite a participação da população da discussão dos assuntos que lhe dizem mais directamente respeito.
Com efeito,
1. A situação relativa à esmagadora maioria dos mais relevantes problemas detectados no concelho no âmbito das Jornadas Autárquicas de 2003 pouco se alterou nos últimos seis anos.
Os maiores problemas detectados nas Jornadas Autárquicas de há seis anos mantêm-se na sua grande parte. Existe uma evidente falta de planeamento e de investimento nos sectores que mais podem contribuir para melhorar a vida das populações.
A Câmara Municipal de Torres Novas manteve-se insensível à evidente necessidade de investimento na resolução dos problemas e carências que se mantêm no decurso dos últimos seis anos.
As apostas municipais têm sido direccionadas primordialmente para o investimento na cidade e em obras de encher o olho relegando para lugar secundário as freguesias rurais.
Embora estejam identificadas as diferentes fontes poluidoras no concelho, elas continuam impunemente a poluir sem que sejam tomadas as medidas que se impõem para cortar o mal pela raiz.
É evidente, visível e notória a poluição de diversos troços de água, como a Vala das Cordas, Ribeira das Mouriscas e Ribeira da Boa Água, resultante da falta da rede completa de saneamento básico em algumas freguesias, do funcionamento deficiente ou inadequado das ETAR de Riachos e de Torres Novas e de descargas industriais, com as graves consequências para a saúde pública e qualidade de vida daí resultantes.
A Câmara Municipal nunca encarou com frontalidade a gravidade dos problemas e nunca assumiu a urgência da sua resolução mantendo uma posição de total passividade e omissão cúmplice na situação.
Assim, é urgente a conclusão do Plano Municipal do Ambiente em elaboração há cerca de dois anos e intervenção e investimento prioritários no sector do saneamento básico (com construção de ETAR e conclusão das diversas redes de saneamento básico no concelho) de forma a acabar de uma vez por todas com as fontes poluidoras e criar condições para uma melhor qualidade de vida no concelho.
3. As fossas sépticas espalhadas um pouco por todo o concelho encontram-se em péssimas condições, sem vedações, nem qualquer tratamento do espaço circundante, permitindo o escoamento sistemático dos esgotos para o exterior com evidentes consequências negativas para a população que vive nas suas imediações.
Na maior parte dos casos, a Câmara Municipal não efectua qualquer trabalho de manutenção, conservação ou reparação destes equipamentos, ao contrário do que se impunha.
Assim, é prioritária a elaboração pela Câmara Municipal de um Plano de Emergência de Conservação e Manutenção das Fossas Sépticas Municipais e intervenção urgente na concretização das medidas que vierem a ser propostas.
4. O centro histórico de Torres Novas continua num processo de acelerada destruição, aumentando os casos de edifícios degradados ou em avançado estado de degradação e em ruínas ou ameaçando ruir. O panorama é cada vez mais desolador e a tendência de abandono da população do centro histórico mantêm-se cada vez com maior acentuação. As medidas tomadas pelo município não se mostram suficientes nem adequadas, até ao momento, a inverter esta tendência.
Impõe-se a assumpção de uma aposta fundamental com investimento substancial e prioritário na preservação do centro histórico e tomada de medidas adequadas à requalificação dos espaços públicos potenciadores de novas vivências e de atracção de novos habitantes e frequentadores, designadamente com maior e mais substancial aposta nos programas já existentes e a criar, sendo certo que estes existem de forma isolada sem qualquer ligação entre si.
Assim, urge a elaboração pela Câmara Municipal de um Plano Integrado de Recuperação do Centro Histórico interligando os vários programas de intervenção já existentes e a criar, bem como a criação de novos espaços públicos e de requalificação dos existentes para fruição da população. Criação de incentivos e dinâmicas de atracção de novos habitantes e frequentadores do centro histórico e de iniciativas diversas mais especialmente destinadas aos jovens.
5. Existem no concelho diversos equipamentos e infraestruturas desportivas e culturais que não são cabalmente utilizadas permitindo assim o seu subaproveitamento e muitas vezes a sua completa degradação do espaço. Em simultâneo verifica-se a escassez de espaços para a realização de actividades ligadas ao desporto e cultura. Não é admissível o desperdício de recursos nem a escassez ou a inexistência de actividades pela aparente falta de meios.
Assim, impõe-se que a Câmara Municipal efectue o levantamento de todos os equipamentos, infraestruturas e espaços (pavilhões, ringues, campos de futebol, salões de colectividades, espaços ao ar livre, etc) adequados a actividades desportivas e/ou culturais, existentes no concelho e a definição de um Plano Municipal de Aproveitamento de Equipamentos Desportivos e Culturais de molde a potenciar o aproveitamento cabal dos mesmos e a sua utilização pelo maior número possível de pessoas, com dinamização de actividades em colaboração com clubes e colectividades. E nesse sentido, é fundamental que a Câmara proceda ao pagamento atempado dos subsídios às colectividades, ao apoio e dinamização das suas iniciativas e à descentralização de actividades organizadas pelo Teatro Virgínia a realizar em diversos locais do concelho. 6. Graças às suas características, à sua inquestionável importância e à sua notória beleza, o Rio Almonda deve ser preservado, valorizado e considerado como elemento potenciador de desenvolvimento e elevado à categoria de ex libris do concelho de Torres Novas.
Aliás, o próprio desenvolvimento do concelho deveria ser equacionado tendo o Rio Almonda como um dos elementos orientadores. No entanto, nada disso tem acontecido.
O Almonda não tem merecido, por parte da Câmara Municipal, a atenção que merece, sendo certo que todo o crescimento da cidade e do concelho se tem realizado à sua revelia e de costas voltadas para si.
Por outro lado, o rio tem sido vítima da sanha poluidora dos novos tempos, com a omissão cúmplice da Câmara nalguns casos e participação activa noutros casos. As situações de falta de saneamento básico, implicando que os esgotos provenientes de uma parte significativa da população do concelho deitem directamente para o rio Almonda são disso exemplos flagrantes.
Assim, é urgente que a Câmara Municipal promova a defesa e valorização do Rio Almonda adoptando as medidas que se imponham para acabar de vez com a poluição das suas águas; elaboração e aprovação do Plano de Defesa e Salvaguarda das Margens do Almonda no qual sejam definidas regras de ocupação e utilização das suas margens essencialmente de benefício e acesso público; definição das potencialidades de vária ordem do rio Almonda; requalificação de diversos locais de beleza inquestionável, como o Moinho dos Gafos, o Moinho da Cova, o açude da Várzea, a ponte do Moinho de Pau, os Pimentéis, o Moinho da Lameira e o açude da ponte das Ribeiras.
7. São inúmeros os casos no concelho de vias de comunicação, ruas, largos ou outros espaços que se encontram em péssimo estado, dificultando a sua utilização ou mesmo impedindo a circulação normal de veículos. Tais vias, que por vezes são apenas troços de escassa extensão, necessitam de pavimentação ou tão só de alguma reparação ou manutenção. No entanto, o estado precário e muitas vezes intransitável de algumas vias mantém-se anos e anos a aguardar a necessária intervenção municipal.
Existem também alguns casos de obras que se mantêm em sucessivos planos de actividades da Câmara Municipal durante longos anos sem qualquer concretização, como também há casos em que essas mesmas obras deixaram de constar nos planos.
Deste modo, nunca é possível prever a data de reparação, assistindo-se a situações caricatas em que as máquinas circulam de uma para outra freguesia ao sabor do momento ou do livre arbítrio do Presidente da Câmara com todos os inconvenientes daí resultantes.
Assim, é urgente a criação de um Plano de Pavimentação de Vias Municipais que defina, para um mandato municipal, as prioridades a este nível e respectiva calendarização das reparações e pavimentação de estradas, ruas, largos e outras vias de comunicação ou espaços no concelho, de molde a que sejam planeadas atempadamente as respectivas obras.
8. É notória a falta de discussão pública dos assuntos que dizem mais directamente respeito às pessoas e à definição do futuro das localidades onde residem. A Câmara Municipal nunca considerou revestida de interesse a participação democrática dos munícipes nestas matérias, fugindo à audição de opiniões críticas ou que não sejam reverenciais, recusando o debate, a discussão dos variados assuntos, decidindo sempre de forma autista.
A democracia não se reduz à votação em eleições de quatro em quatro anos, sendo certo que a participação dos cidadãos na vida do município deveria ser incentivada pela própria Câmara Municipal.
Com efeito, a democracia só tem a ganhar com essa participação, pois o exercício de uma cidadania activa da população devia honrar o poder local. No entanto, esse não tem sido o entendimento da Câmara Municipal.
Assim, impõe-se que a Câmara Municipal promova reuniões descentralizadas nem todas as freguesias e dinamize fóruns de discussão pública mediante os quais coloque em análise e debate os mais relevantes projectos, programas ou assuntos de interesse concelhio.
JORNADAS AUTÁRQUICAS: Apresentámos as Conclusões!
terça-feira, 19 de maio de 2009
ILDA FIGUEIREDO E MADEIRA LOPES NO NOSSO DISTRITO!
22 MAIO - APRESENTAÇÃO DAS CONCLUSÕES
VIVER A CIDADE: resumo do debate
De acordo com o previsto, a CDU realizou na passada sexta feira, dia 15 de Maio, na sede do Choral Phydellius, um debate sobre o tema “Viver a Cidade”.
Este debate integrou o programa das IV Jornadas Autárquicas que a CDU de Torres Novas está a levar a efeito com o lema “Um Concelho melhor para todos”.
Não foi propriamente um debate em moldes habituais, pois, como foi esclarecido, pretendeu-se conversar sobre a cidade, sem oradores convidados, sem especialistas na matéria. No fundo, o que se pretendeu foi dar voz às pessoas, possibilitando que os cidadãos falassem sobre a sua cidade, trocassem opiniões, transmitissem experiências da sua vivência, fizessem críticas, dessem o seu contributo para que os cidadãos se relacionem com a sua cidade.
Não se pretendiam retirar conclusões, mas tão só trocar opiniões, pois a discussão sobre a cidade é também uma forma de participação na sua vida. Porque a cidade não é um corpo inerte e amorfo. É um território que se vai construindo com a participação de todos e moldando à semelhança dos seus cidadãos.
E se este foi o objectivo do debate, pode-se dizer que tal foi perfeitamente atingido.
Estiveram presentes cerca de meia centena de pessoas que demonstraram interesse na iniciativa e muitos deles deram o seu contributo para a discussão.
O moderador, Carlos Tomé, abriu o debate com o lançamento de algumas ideias e pistas para a discussão.
Começou por falar no passado de Torres Novas, referindo que a cidade não nasceu há pouco tempo, possuindo mais de oito séculos de vida, sendo a sua história um elemento definidor que deve ser respeitado e valorizado.
Por outro lado, a forma de organização espacial da cidade, o local onde se instalam os equipamentos colectivos e outros, bem como a definição de espaços para habitação, indústria, comércio e serviços condicionam e determinam a evolução da cidade.
Carlos Tomé considerou que esta cidade tem dois elementos fundamentais na sua identidade que a assinalam de forma indelével e que deveriam ser respeitados e servirem de imagem de marca específica de Torres Novas. São eles: o castelo e o rio Almonda. Com efeito, não são em grande número as cidades pequenas que se possam orgulhar de possuir dois elementos com estas características e beleza. No entanto, na opinião do moderador estes elementos nunca foram assumidos pelo poder autárquico como verdadeiros ex libris da cidade.
Por outro lado, a forma como as pessoas se relacionam com a sua cidade, como a vivem, que expectativas criam dela, a relação de amor/ódio que por vezes parece existir entre os cidadãos e a cidade, foram outras dicas também colocada à discussão pelo moderador.
E, finalmente, o futuro de Torres Novas foi deixado em aberto como pista para análise. Futuro esse que se prende com alguns projectos apresentados pela Câmara. Serão estes os projectos de que a cidade precisa? Questionou o moderador.
A discussão destas e de outras questões apaixonou os presentes durante mais de duas horas. De facto, bastantes foram aqueles que, desinibidamente, quiseram fazer ouvir a sua voz e dar o seu contributo para a discussão.
Ana Rita, Ramiro Silva, Carlos Governo, José Mota Pereira, António Canais, Rui Pereira Esmeralda Moita, Manuel José Soares, Manuel Ligeiro, Paulo Tito, Hélder Dias e João Pereira, foram apenas alguns dos intervenientes no debate com opiniões diversas sobre a sua cidade.
No final do debate foi consensual entre os presentes o entendimento de que é fundamental criar fóruns de discussão sobre assuntos relativos à vida dos cidadãos, possibilitando assim que estes tomem posição sobre os mesmos.
A democracia local só tem a ganhar com a participação dos munícipes neste tipo de iniciativas.
Como nunca se havia realizado em Torres Novas uma iniciativa deste tipo para se debater a cidade – sendo certo que a Câmara Municipal o deveria fazer - , por tal motivo, este debate foi apelidado de histórico.
Jornadas Autárquicas: Resumo da visita à freguesia de Pedrógão (17 Maio)
A visita verificou-se no passado domingo, 17 de Maio, e nela participou mais de uma vintena de militantes da CDU que percorreram durante todo o dia os lugares da freguesia. A comitiva era composta, entre outros, por Carlos Tomé, vereador da Câmara Municipal, Ramiro Silva e António Canais membros da Assembleia Municipal, tendo a visita sido orientada por João Silva o actual presidente da Junta de Freguesia eleito pela CDU e acompanhada por outros activistas locais.
Os activistas começaram por visitar Alqueidão, onde verificaram que continua por pavimentar a chamada variante que serve para desviar o trânsito do centro da localidade. Trata-se de um troço de estrada em terra batida, com cerca de 1 km de extensão, com imenso trânsito e cuja pavimentação tem vindo a ser prometida pelo presidente da Câmara desde há mais de 10 anos.
A última vez que o autarca voltou a fazer a mesma promessa em público foi em 2005 afirmando que as obras seriam feitas até ao final desse mandato que terminou em 2007.
O cemitério de Alqueidão encontra-se bem cuidado graças à intervenção da Junta de Freguesia mas precisa de obras de alargamento pois o espaço começa a ser reduzido para as necessidades.
A estrada que liga Alqueidão a Adofreire necessita de ser pavimentada pois é a única via de acesso directo entre as duas povoações. São pouco mais de 2 km cujas obras já poderiam ter beneficiado dos programas de financiamento para caminhos agrícolas, mas tal não sucedeu porque a Câmara nunca concretizou esse desejo várias vezes manifestado pela Junta de Freguesia.
Os problemas de poluição em toda a freguesia de Pedrógão são bastante graves pois os esgotos não têm qualquer tratamento. Com efeito, a visita à ribeira das Mouriscas foi elucidativa quanto à gravidade da situação pois o aspecto desta ribeira é miserável, avistando-se um líquido negro destilando um cheiro verdadeiramente pestilento.
Este panorama negro torna-se ainda mais evidente graças ao trabalho de limpeza das margens que está a ser efectuado pela Junta de Freguesia.
Os esgotos de Pedrógão e de Adofreire correm directamente para esta ribeira que vai desaguar na ribeira do Alvorão e que por sua vez desagua no Almonda. Claro que em todo o seu percurso a ribeira das Mouriscas vai poluindo a água dos poços e furos em redor com todos os perigos para a saúde pública que isso implica.
A população desta freguesia sofre um dos maiores atentados à saúde pública do concelho e desespera pela solução do problema há longos anos.
Em Casais Martanes a comitiva teve ocasião de verificar que se justifica perfeitamente o arranjo do açude no Almonda junto à sua nascente e perto da ponte que serve de fronteira entre as freguesias de Pedrógão e Zibreira.
Os problemas da falta de saneamento básico também se fazem sentir em Casais Martanes onde existem três fossas sépticas camarárias, sendo que duas delas dão problemas constantes.
Com efeito, a fossa que se situa junto ao cemitério deita fora com frequência, sucedendo o mesmo a outra situada junto a uma fábrica de mármores que incomoda bastante os moradores em redor mas muito especialmente a família que vive paredes meias com a fossa e que suporta o mau cheiro proveniente do esgoto que verte da fossa sempre que esta se encontra cheia, o que acontece com demasiada insistência, correndo em pequenos riachos pelos terrenos adjacentes.
Ainda em Casais Martanes um troço de estrada de cerca de 50 metros foi deixado sem alcatrão no largo do Café do Pimpão quando as vias em redor foram pavimentadas tendo ficado este pequeno troço à espera de melhores dias.
No Casal João Dias é notória a falta de pavimentação nas vias da povoação.
Mas ainda em pior estado está a maior parte das ruas na localidade de Vale da Serra, pois apenas a estrada de ligação a Pedrógão se encontra devidamente pavimentada.
A rua do Progresso, por exemplo, em que é notória a sua importância na localidade, encontra-se em terra batida com brita solta. Esta estrada tem uma extensão de cerca de 1 km e é certamente a via mais importante da localidade e cuja pavimentação mais se faz sentir. Aliás, todos os arruamentos em Vale da Serra necessitam de ser pavimentados com urgência, porque alguns deles estão mesmo intransitáveis.
À hora do almoço, um magnífico tinto da região acompanhou uma apetitosa carne de porco à alentejana no Café Tractor no Pedrógão.
E foi na sede de freguesia que continuou a visita da parte da tarde.
Na localidade é notória a falta de passadeiras em frente ao Lar e às escolas, com graves riscos para a segurança da população, pois a via tem bastante trânsito, sendo que a Junta de Freguesia tem pressionado a Câmara para as pintar desde há mais de dois anos, mas até agora os responsáveis municipais têm feito orelhas moucas às insistências.
Os lavadouros públicos recuperados pela Junta de Freguesia em 2005 apresentam um aspecto cuidado e são local de encontro entre lavadeiras e populares. No entanto, ali ao lado é possível observar os esgotos a correrem para a ribeira das Mouriscas, num cenário inconcebível em pleno século XXI.
A finalizar a visita a comitiva visitou o local onde será construído o centro escolar que muitos benefícios trará à população, graças à intervenção da Junta de Freguesia, bem como as obras que a Junta está a levar a efeito no rés-do-chão do edifício que serve de sede e que são destinadas a centro de saúde. Trata-se de uma grande obra da Junta que demonstra assim trabalhar para o bem da população desta freguesia.
domingo, 17 de maio de 2009
sábado, 16 de maio de 2009
21 MAIO: ILDA FIGUEIREDO NO DISTRITO DE SANTARÉM (5ª FEIRA DE ASCENSÃO)
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Jornadas Autárquicas: Resumo da visita à freguesia de Riachos (9 Maio)
Participaram na visita vários activistas da CDU entre os quais Carlos Tomé, vereador da Câmara Municipal, Ramiro Silva e António Canais membros da Assembleia Municipal e os representante desta organização política na Assembleia de Freguesia de Riachos, entre os quais José Tomé.
O local de encontro foi no Largo onde se verificou a necessidade de obras de requalificação do espaço que privilegie as pessoas em detrimento de grandes construções, como espelhos de água ou fontes, que apenas contribuem para inviabilizar o aproveitamento público do espaço. Impõe-se também o aterro urgente das casas de banho subterrâneas que não são utilizadas há longos anos.
O espaço do mercado merecia ser bem aproveitado para uso público, dando continuidade prática ao projecto da CDU quando estava à frente dos destinos da freguesia. Como há anos que nada se faz no mercado, este mantém um aspecto moribundo e apagado, sem vida, não merecendo qualquer atenção por parte da Junta de Freguesia.
Um dos casos mais surpreendentes apreciado pelos visitantes foi o actual estado do Parque 25 de Abril. De facto é difícil qualificar o estado verdadeiramente miserável em que se encontra o único jardim da vila. Há ervas da altura de um homem, arbustos a precisarem de corte há longos meses, mesas e bancos danificados, falta de iluminação, uma evidente e grosseira falta de qualquer manutenção por mínima que fosse num espaço que poderia ser bonito, como já foi. De facto os visitantes ficaram muito mal impressionados com o aspecto do Parque 25 de Abril, que de parque só tem o nome.
Junto ao Centro de Saúde, a comitiva foi alertada para a falta de médicos que afecta cerca de 1.500 riachenses, tratando-se de um problema bastante grave. Fazendo parte da luta para contrariar esta situação, corre neste momento entre a população um abaixo-assinado promovido pela Comissão de Utentes que todos os elementos da comitiva assinaram como prova de solidariedade com uma luta absolutamente justa.
Ali mesmo ao lado, e em face da promessa do Presidente da Câmara feita na Festa da Bênção do Gado de 2004 de que o Jardim da Vila estaria já construído em 2008, verificou-se que as obras foram iniciadas há algumas semanas – mas apenas com a colocação de uma simples vedação em rede - mas já estão paradas.
Na variante a erva nas bermas é de tal monta que impede os transeuntes de circularem pelas bermas, sendo obrigados a andarem pela própria via, como foi visto na ocasião. Com efeito, esta artéria é muito utilizada pelos riachense para caminhadas a pé, mas deveria ter passeios e justificando-se também a construção de uma ciclovia.
Ali perto a comitiva observou o local onde serão construídos 58 fogos pela Cooperativa Sópovo, constituindo esta a 4ª fase em Riachos.
A visita à Rua da Costa Brava foi muito beneficiada com esclarecimentos prestados no local por José Ferreira, um dos dinamizadores da luta dos moradores pelas melhorias que se impõem na sua rua. Com efeito, as necessidades destes moradores são muitas, pois as únicas obras que a estrada teve aconteceram há mais de 30 anos com a instalação da rede de água. E daí para cá nada mais se fez. Agora é necessário instalar os esgotos, renovar as condutas da água e pavimentar. O processo de luta da população tem sido difícil, com promessas sucessivas por parte do presidente da Câmara de resolução do problema, mas sempre incumpridas, sendo certo que até agora as coisas continuam na mesma. Mas não há dúvidas de que se trata de uma reclamação absolutamente justa destes moradores e que já há muito que devia estar satisfeita, pois estão em causa necessidades básicas da população.
Junto à ponte sobre a linha de caminho de ferro foram observadas as obras de construção de um novo terminal multimodal situado no concelho do Entroncamento. Trata-se de um investimento situado a poucas centenas de metros do TVT e tem precisamente a mesma finalidade. A comitiva comentou tratar-se de um caso absurdo em que a falta de planeamento regional é flagrante.
A poucos metros daí a comitiva verificou que a variante deveria ter a continuidade óbvia de ligação ao IC3 fazendo o atravessamento perto da Estrada das Vendas. Aliás, no local é visível que a variante não foi terminada tendo ficado ensaiada a sua continuidade em frente.
A zona industrial foi alvo de atenção dos visitantes sendo evidente a falta de investimento municipal no seu desenvolvimento. De facto, foram várias as empresas que assinaram um protocolo há cerca de 9 anos com a Câmara mas que até agora ainda não estão implantadas no local por falta de construção das infraestruturas.
Nas chamadas rotunda da Agromais e da Golegã é visível a erva com mais de 1 metro de altura e é evidente a necessidade de tratamento ou embelezamento urgente.
Aliás, a erva também cresce de forma avassaladora nos passeios do viaduto sul da linha do norte, junto à fábrica do álcool, tornando a utilização destes espaços pelos transeuntes completamente impossível, isto para além do aspecto de desmazelo que denotam.
Nesse local o mau cheiro proveniente da fábrica do álcool foi sentido por toda a comitiva.
As casas pertença da Refer e localizadas junto à linha de caminho de ferro foram visitadas e constatou-se no local que estes espaços podiam ser aproveitados pelo município para fazer face a algumas situações de falta de habitação, pois a empresa sua proprietária está disposta a cedê-las. O edifício está perfeitamente ao abandono, o que se torna um autêntico desperdício de recursos.
Nesse local mantêm-se uma das mais caricatas situações que foram observadas pela comitiva: um troço de estrada recentemente pavimentada e devidamente marcada e sinalizada como se tivesse continuidade, mas que termina abruptamente na antiga passagem de nível que agora já não existe. Isto é, este troço foi arranjado como se de uma estrada normal se tratasse o que provoca enganos frequentes e perigosos a quem não conheça a localidade.
Junto aos Casais Pinheiros a comitiva teve ocasião de ver o estado em que se encontra o ribeiro em cujo leito corre um líquido viscoso e negro, proveniente de esgotos e com um cheiro nauseabundo. É um inadmissível esgoto a céu aberto. Foi possível ver no local diversas rãs e ratazanas passeando nas margens do ribeiro envoltas em ervas da altura de um homem. Trata-se de um terrível atentado ao ambiente em pleno centro da vila. Este ribeiro atravessa Riachos e vai desaguar na Vala das Cordas.
No bairro da primeira fase da Sópovo as ruas apresentam um estado lastimável, a necessitar urgentemente de arranjo.
Outra das obras à espera de acabamento há longos anos é o pavilhão desportivo. Com efeito, é face visível a lateral do edifício à espera de obras que concluam o pavilhão – com a construção do ginásio - e essa espera já vem de 1999, ou seja de há 10 anos. Também o espaço exterior aguarda o indispensável acabamento.
O edifício Adães Bermudes que serviu de a antiga escola primária também continua à espera das obras prometidas há longos anos. O seu estado é de tal modo grave que ameaça ruir.
Junto à Vala das Cordas foi possível observar o estado miserável em que se encontra este troço de água. Com efeito, o seu aspecto é de uma negrura e viscosidade espessa e liberta um cheiro indescritível. Trata-se de um dos troços de água mais poluídos do concelho. Desta vala são regadss algumas terras e a sua água vai desaguar à reserva do Paul do Boquilobo com todos os inconvenientes daí resultantes.
Ainda nesse local o problema da falta de pavimentação da estrada que passa por baixo do pontão mantêm-se. Trata-se de um troço de cerca de 300 metros que nunca chegou a ser alcatroado e que se justifica perfeitamente que o seja.
Daí a comitiva visitou a ETAR onde teve a oportunidade de sentir o cheiro nauseabundo que dali se liberta. O cheiro era de tal modo intenso que impediu a permanência dos visitantes no local durante muito tempo. Aliás, a área visitada é talvez a zona mais poluída do concelho, pois ali se concentra a poluição – com os inerentes maus cheiros - proveniente da ETAR, da fábrica do álcool e da Vala das Cordas.
Depois de degustar uns deliciosos carapaus fritos com arroz de tomate servidos no Café Pacheco, a comitiva visitou o Museu Agrícola onde decorria uma actividade ligada às comemorações do 25º aniversário da elevação de Riachos a vila.
E daí seguiu para Casais Castelos onde constatou a necessidade do prolongamento da via principal da Zona Industrial do Entroncamento para os terrenos de Riachos fazendo a ligação à variante bem perto da Urbanização do Tocha. Trata-se de dar continuidade a uma via de ligação entre Riachos e Casais Castelos - num trajecto por onde antes da construção da variante se circulava - que se afigura de muita utilidade.
E para finalizar o dia, a comitiva visitou o Nicho, tendo parado na ponte sobre o ribeiro da Boa Água onde teve ocasião de verificar o estado lastimável do ribeiro e a evidente perigosidade do local.
Aliás, quanto a este aspecto a comitiva foi informada de que a Assembleia de Freguesia de Riachos, por proposta da CDU, aprovou há cerca de um ano uma recomendação à Câmara para colocação urgente de vedações na referida ponte para salvaguardar a segurança dos peões. No entanto até agora a Câmara tem ignorado essa deliberação.